Quando eu vi que a bomba ia explodir, tentei proteger o máximo de mim, mas contaminei. Há um pouco de paciência aí? Há um pouco de misericórdia aí pra mim? Pois eu sofri calada até não mais aguentar. Não olhe pro meu rosto frio e gélido , olhe pra cá onde devia estar um coração e não está e me ajude a encontrar, pois os meus pés sangram e já está sendo difícil respirar.
A bomba devastou a minha cidade dos sonhos e eu vivo do que restou. Eu preciso voltar a acreditar (?) Porque eu (não) sou a única real aqui. Eu preciso acordar. Minhas mãos calejadas de tanto levantar paredes pra ninguém me enxergar porque há tanto está feio as feridas que nem mesmo eu quero olhar. Eu quero esquecer.
E se você está olhando pra uma menina má você simplesmente está olhando pra uma parede. Pois essa (não) sou eu.
0 comentários:
Postar um comentário