quarta-feira, 28 de março de 2012
Ato final
Amigo, eu só faço parte dos bastidores, mas mesmo de olhos fechados eu sinto suas dores. Vocês estão de olhos abertos olhando um pro outro em silêncio, sinal de desgosto.
Sinto raiva dela você não vê? Ouço seus sussurros do que pretende te fazer. Todos os seus passos ensaiados, o seu sorriso de plástico, você pode ver?
Amigo, eu sei, nós não conversamos muito, eu considero você, mas é melhor preparar-se para o to final da peça que ela mesma inventou dando-lhe o papel de perdedor. Eu sinto muito, isso não era amor. É adeus, sempre foi, só que só agora você consegue ouvir ainda meio surdo e com eco voltando, sempre te lembrando que ás vezes é melhor desistir.
quarta-feira, 14 de março de 2012
coração-bomba
Quando eu vi que a bomba ia explodir, tentei proteger o máximo de mim, mas contaminei. Há um pouco de paciência aí? Há um pouco de misericórdia aí pra mim? Pois eu sofri calada até não mais aguentar. Não olhe pro meu rosto frio e gélido , olhe pra cá onde devia estar um coração e não está e me ajude a encontrar, pois os meus pés sangram e já está sendo difícil respirar.
A bomba devastou a minha cidade dos sonhos e eu vivo do que restou. Eu preciso voltar a acreditar (?) Porque eu (não) sou a única real aqui. Eu preciso acordar. Minhas mãos calejadas de tanto levantar paredes pra ninguém me enxergar porque há tanto está feio as feridas que nem mesmo eu quero olhar. Eu quero esquecer.
E se você está olhando pra uma menina má você simplesmente está olhando pra uma parede. Pois essa (não) sou eu.
Assinar:
Postagens (Atom)