Quando amanhece eu tento me despir da preguiça que me envolve e me devolve a lembrança de você. Você foi só mais uma projeção da minha mente louca e do meu egoísta coração e mesmo assim, tenho que me lembrar dos teus olhos gentis antes de dormir.
E ao entardecer as paredes me fazem lembrar o quanto eu ainda tenho pra atravessar e em suas marcas eu vejo as marcas que em mim tem de ficar... Há uma menina por trás das paredes que você atravessa, mas pra você isso não interessa.
Quando anoitece o céu é que tece uma manta de estrelas pra me cobrir e assim, eu me lembro dos teus olhos gentis antes de dormir.
Você não sabe o quanto dói em minhas mãos escrever... Mas escrevo mesmo assim, pois mais vai doer se assim não fizer o meu coração e eu vou subindo a montanha dos meus medos entulhados onde entôo uma oração suave pedindo aos céus que guarde cada palavra de dor que cai dos meus olhos e se transforme em cor algum dia no meu mundo cinza e que assim, haja alegria e eu possa andar, possa viver, pois assim não dá... Assim não dá.
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